Professora morta em BH: filho preso por matar a mãe é transferido de presídio pela segunda vez
30/07/2025
(Foto: Reprodução) Matteos França Campos e Soraya Tatiana
Reprodução/redes sociais
Matteos França Campos, preso por matar a mãe, a professora Soraya Tatiana Bomfim França foi novamente transferido de presídio. Nesta quarta-feira (30), ele foi encaminhado para o presídio de Caeté, na Grande Belo Horizonte.
A informação é da Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp), que afirmou por meio de nota que transferências de presos fazem parte da rotina de gestão do sistema prisional.
Esta é a segunda vez que o detento foi transferido desde que foi preso na última sexta-feira (25). Na segunda-feira (28), ele deixou o Ceresp Gameleira - unidade que é porta de entrada para o sistema prisional em Belo Horizonte -, e foi para o Presídio Inspetor José Martinho Drumond, em Ribeirão das neves, onde estava até esta quarta.
Segundo o advogado de Matteos, a primeira transferência aconteceu depois dele sofrer ameaças de morte de outros detentos e também pela superlotação da cela.
Segundo Gabriel Arruda, advogado de Matteos, "quando ele chegou no Ceresp, o pessoal começou a perguntar para ele o motivo dele estar lá, os presos acabam perguntando, né? E aí a hora que os presos ficaram sabendo ameaçaram ele de morte, então ele recebeu algumas ameaças de morte".
Até a última atualização desta reportagem, o advogado não tinha se manifestado sobre o motivo da segunda transferência.
O crime
Matteos foi preso na última sexta-feira, cinco dias após o corpo da mãe dele ser encontrado coberto por um lençol e com sinais de violência sexual, perto de um viaduto em Vespasiano, na Grande Belo Horizonte.
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Segundo a investigação, no entanto, não houve crime sexual e o filho apenas tentou simular para não ser visto como suspeito. O motivo do assassinato seria uma briga motivada por dívidas dele.
Neste domingo (27), após audiência de custódia, a Justiça decretou a prisão preventiva de Matteos. A decisão foi da juíza Juliana Beretta Kirche. Os detalhes da decisão da magistrada não foram divulgados. Segundo o Fórum de Belo Horizonte, o processo tramita em segredo de justiça.
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Como a vítima foi encontrada
O corpo de Soraya foi achado coberto por um lençol, seminu e com marcas de violência sexual e queimaduras. De acordo com a polícia, no entanto, o filho fez uma simulação de crime sexual para não ser associado ao crime. O próprio Matteos havia registrado boletim de ocorrência depois de, segundo ele, a mãe não visualizar suas mensagens.
Briga causada por dívidas
A polícia informou que Matteos matou a mãe sozinho. Ele contou que a enforcou dentro do apartamento onde moravam. No mesmo dia, colocou o corpo no porta-malas do carro dela e o deixou perto do viaduto.
As investigações apontam que Matteos estava com muitas dívidas causadas por jogos de casa de apostas e tinha feito empréstimo consignado. Ele disse que "entrou em colapso" em meio a uma discussão iniciada após a mãe reclamar que ele sempre dizia estar sem dinheiro.
Exoneração em cargo comissionado
No último sábado (26), o filho da professora teve a exoneração de cargo no governo de Minas Gerais publicada no Diário Oficial do Estado. Ele tinha função comissionada na Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social (Sedese).
Matteos ocupava função da categoria DAD-5, que é um tipo de cargo de comissão no governo estadual do grupo de direção e assessoramento de nível intermediário. A remuneração líquida dele, em maio de 2025, foi de R$ 4.516,90, segundo dados do portal da transparência. De acordo com a Diretoria da Prestação de Contas, a carga horária era de 40 horas semanais.
Por meio de nota, a Sedese informou que o gabinete da pasta decidiu exonerar Matteos do cargo em comissão de livre nomeação.
A secretaria afirmou que “os fatos investigados não guardam, relação com a secretaria” e que “não compactua com crimes, desvios de conduta ou quaisquer irregularidades cometidas por seus servidores”.
Em post nas redes sociais, o governador Romeu Zema parabenizou a polícia pela prisão do suspeito e disse que "em Minas, criminoso não tem vez".
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