Operação da PF em SP, MG e RJ prende assessor financeiro suspeito de desviar R$ 11 milhões de investimentos
04/12/2025
(Foto: Reprodução) Entenda como assessor desviou R$ 11 milhões em investimentos
Uma operação da Polícia Federal deflagrada nesta quinta-feira (4) prendeu um assessor financeiro suspeito de desviar ao menos R$ 11 milhões de investimentos dos clientes. Além do mandado de prisão, cumprido em Poços de Caldas (MG), a Operação Stop Loss cumpriu três mandados de busca e apreensão em Ribeirão Preto (SP), São Paulo (SP) e Rio de Janeiro (RJ).
Segundo a PF, o suspeito, identificado como Frederico Goz Biagi, atuou de 2020 a 2023 em um escritório de assessoria de investimentos e captava recursos de terceiros com promessas de altos rendimentos.
No entanto, as investigações apontaram que ele utilizava os valores em proveito próprio, realizando operações de day trade (iniciadas e finalizadas no mesmo dia), que resultaram na perda dos recursos investidos.
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Ainda de acordo com a Polícia Federal, em maio de 2023, o assessor chegou a constituir uma empresa de investimentos e intensificou os desvios.
"O preso se valeu da posição de assessor financeiro e, simultaneamente, de sócio da empresa, para desviar recursos da conta de investimento mantida na corretora, sem o conhecimento dos demais sócios", aponta a PF.
Além dos desvios, o suspeito chegou a divulgar informações falsas de rendimento e utilizá-las em declarações à Receita Federal, o que, ainda segundo as investigações, gerou recolhimento indevido de tributos pelas vítimas.
O g1 e a EPTV, afiliada da TV Globo, tentam contato com a defesa de Frederico.
Frederico Goz Biagi foi preso pela PF suspeito de desviar ao menos R$ 11 milhões de investimentos de clientes
Arquivo pessoal
Crimes e pena
O homem deve responder por crimes contra o Sistema Financeiro Nacional, entre eles: gestão fraudulenta; apropriação de recursos de investidor; manutenção de investidor em erro mediante omissão ou falsidade; fraude à fiscalização com inserção de informações falsas em documentos; inserção de elementos falsos em demonstrativos contábeis; e contabilidade paralela.
Somadas, as penas podem variar de 10 a 37 anos de reclusão.
"As investigações continuarão para a verificação da eventual participação de outros envolvidos nas práticas criminosas, bem como para identificação de todas as vítimas", completou a Polícia Federal.
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