Médica integrante do 'bando da degola', condenada a 46 anos de prisão, volta a ser presa em BH
01/07/2025
(Foto: Reprodução) Gabriela Ferreira Corrêa da Costa foi localizada pela polícia na casa onde morava, após denúncia anônima. Ela foi condenada a mais de 46 anos de prisão por ter participado do sequestro seguido de tortura e morte de dois homens em Belo Horizonte, em 2010. Médica é presa em casa após denúncia anônima na Grande BH
A médica Gabriela Ferreira Corrêa da Costa, de 41 anos, integrante do "bando da degola", foi presa novamente na noite desta segunda-feira (30), em Belo Horizonte, após uma denúncia anônima indicar o paradeiro dela. Ela já tinha sido presa em 2018, em Diadema, na Grande São Paulo, mas acabou solta.
A nova prisão foi feita por policiais militares na casa dela, no bairro Camargos, Região Oeste de Belo Horizonte. Havia um mandado de prisão em aberto, expedido pela Justiça em 2015.
O grupo conhecido por “bando da degola” em Belo Horizonte foi responsável pelo assassinato dos empresários Fabiano Ferreira Moura e Rayder Santos Rodrigues dentro de um apartamento no bairro Sion, Região Centro-Sul da cidade, em 2010.
As vítimas foram extorquidas, sequestradas, torturadas e assassinadas. Os criminosos ficaram conhecidos por “bando da degola” por terem decapitado as vítimas para dificultar a identificação dos corpos.
O grupo assassinou os empresários após fazer saques e transferências de valores das contas deles. Os corpos foram transportados no porta-malas do carro de uma das vítimas para a região de Nova Lima, na Grande BH, onde foram deixados.
Segundo as investigações da época, Gabriela participou dos crimes de formação de quadrilha, extorsão, cárcere privado, homicídio triplamente qualificado, destruição e ocultação de cadáver.
Médica negou envolvimento nas mortes
Durante o julgamento, a médica admitiu ter conhecimento dos sequestros, mas negou envolvimento direto nas mortes. Ela declarou que foi obrigada a realizar saques nas contas bancárias das vítimas e que sofreu ameaças por parte do suposto líder do grupo.
A acusação, por sua vez, sustentou que Gabriela sabia de todo o plano e agiu motivada por interesse financeiro, objetivo final do grupo com os crimes.
Ao todo, sete pessoas foram denunciadas, também pelos crimes de estelionato e atividades de contrabando de mercadorias importadas, mantendo várias contas bancárias em seus nomes, de onde eram movimentadas grandes quantias de dinheiro.
Médica de 31 anos foi acusada de crimes em BH
Reprodução
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