Justiça manda casal investigado por morte de criança de 9 anos deixar prisão
11/12/2025
(Foto: Reprodução) Montagem mostra Lauriza Pereira de Brito e Deivisson Moreira, presos pela morte de Arthur Alves, morto aos 9 anos após dar entrada em hospital com sinais de agressão
Reprodução/Redes sociais
A Justiça revogou nesta quarta-feira (10) a prisão temporária da mãe e do padrasto investigados pela morte de Arthur Pereira Alves, de 9 anos. A criança morreu em agosto deste ano, depois de chegar a um hospital de Belo Horizonte com fraturas, hematomas e outros sinais de agressão pelo corpo.
Lauriza Pereira de Brito, de 24, e Deivisson Moreira, de 38, estavam presos temporariamente desde o último 15 de outubro. Em 12 de novembro, a medida foi prorrogada por mais 30 dias.
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Segundo o Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), a Polícia Civil concluiu a investigação sobre o caso, mas o Ministério Público pediu novas diligências para complementar as provas. Por isso, a juíza Ana Carolina Rauen revogou a prisão e impôs restrições cautelares, como monitoração por tornozeleira eletrônica e recolhimento domiciliar noturno.
Agora, os investigadores têm mais 20 dias para finalizar o inquérito.
Quebra de sigilo médico
Na mesma decisão, a juíza aceitou outro pedido do MP e autorizou a quebra de sigilo médico profissional. Conforme a Promotoria, o laudo de necropsia concluiu que a causa da morte da criança foi broncopneumonia, não estabelecendo nexo causal direto entre as lesões e o óbito.
Por esse motivo, a polícia indiciou o casal por tortura/castigo, com causa de aumento de pena pelo fato de a vítima ser menor de idade. No entanto, diante da necessidade de complementar a prova técnica pericial, o promotor Fabiano Mendes Cardoso solicitou todos os prontuários da vítima referentes aos seis meses que antecederam sua morte à UPA Barreiro e ao Hospital Júlia Kubitschek, onde o menino costumava ser atendido.
Relembre o caso
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Lauriza Pereira de Brito e Deivisson Moreira foram presos preventivamente em 15 de outubro de 2025, em Belo Horizonte, por suspeita de envolvimento na morte de Arthur Pereira Alves. A criança morreu no dia 23 de agosto, após ser levada ao Hospital Júlia Kubitschek (relembre no vídeo acima).
De acordo com o boletim de ocorrência, o menino chegou à unidade de saúde muito machucado, com várias fraturas e hematomas pelo corpo.
Inicialmente, a mãe falou que ele tinha caído de uma escada na escola. A equipe médica, no entanto, considerou que os ferimentos não eram compatíveis com queda, e o caso ficou sob investigação.
O casal foi levado à delegacia com intimação quase um mês depois da morte. A mulher acabou confessando que agrediu o filho com chineladas e tapas no abdômen e nas costas, dizendo que ela "passou do ponto" e que estava sob efeito de cocaína. Já o homem alegou que não presenciou as agressões.
As contradições nas versões e os relatos de vizinhos e testemunhas levaram a polícia a concluir que tanto a mãe quanto o padrasto participaram do crime, de forma direta ou por omissão.
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