Família de homem linchado até a morte em Juiz de Fora cobra justiça: 'Não teve direito à defesa', diz irmão

  • 17/01/2025
(Foto: Reprodução)
Populares que agrediram Elvis Cleiton da Silva Batista o acusaram de ter supostamente estuprado uma criança de 9 anos. Caso, ocorrido no dia 10 de janeiro, no Bairro Santa Cecília, está sendo investigado pela Polícia Civil. Elvis Cleiton da Silva Batista TV Integração/Reprodução "Ele não teve direito à defesa. Morreu, até que se prove o contrário, inocentemente". O desabafo é de Eduardo Sávio, irmão de Elvis Cleiton da Silva Batista, de 38 anos, espancado até a morte no dia 10 de janeiro, no Bairro Santa Cecília, em Juiz de Fora. 🔔 Receba no WhatsApp notícias da Zona da Mata e região Segundo a polícia, uma mulher de 34 anos e dois homens, de 26 e 57, disseram que agrediram a vítima porque ela teria supostamente estuprado uma criança, de 9 anos, filha da agressora. Os três seguem presos preventivamente. Homem é espancado até a morte por populares em Juiz de Fora; VÍDEO Polícia mantém prisão de três suspeitos de lincharem homem até a morte em Juiz de Fora O caso é investigado pela Delegacia Especializada em Atendimento à Mulher e pela Delegacia Especializada de Investigação de Homicídios em Juiz de Fora. As conclusões das apurações ainda não foram divulgadas. 'Uma pessoa tranquila', diz família Aparecida Maria (prima), Maria Cecília (mãe) e Eduardo Sávio (irmão), respectivamente TV Integração/Reprodução Em entrevista à TV Integração, Eduardo Sávio, irmão de Elvis, disse que ele era uma pessoa muito tranquila e brincalhona: "Isso que aconteceu foi uma brutalidade. Foi uma tortura, um crime hediondo, que não pode passar impune", afirmou. Ele chegou a ser socorrido após as agressões, mas morreu no hospital. No atestado de óbito, consta que a causa da morte foi tórax instável e politrauma. Para a mãe dele, Maria Cecília da Silva, o vídeo gravado e postado nas redes sociais define o crime como algo monstruoso: "É muita crueldade, estava ajoelhado, sabe? Colocou as mãos para cima e dizia o tempo todo 'não fui eu, senhora, não fui eu'". De acordo com a prima Aparecida Maria da Silva, Elvis estava indo para o pagode no momento em que foi abordado por um grupo: "Tanto é que ele estava com um pandeiro na mão. Era o que gostava de fazer. Adorava música, adorava dar gargalhada, se reunir com os amigos e beber", disse. Passados 7 dias do crime, a família ainda tenta entender o que aconteceu, reafirma que o homem é inocente e pede justiça: "Eu não acredito que ele tenha feito isso. [...] O Elvis nunca deu sinal de ser uma pessoa capaz de ferir outra de maneira nenhuma. Não existe a possibilidade de o Elvis ter cometido esse crime bárbaro", argumentou Aparecida Maria. Homem é espancado até a morte por populares em Juiz de Fora Relembre o crime Elvis Cleiton, de 38 anos, foi espancado até a morte na noite do dia 10 de janeiro, no Bairro Santa Cecília, em Juiz de Fora. Os suspeitos são uma mulher e dois homens. Eles disseram à polícia que o agrediram porque ele teria estuprado uma criança de 9 anos, que seria filho da agressora. Elvis foi golpeado com uma barra de ferro, além de socos e pontapés. Ele chegou a ser socorrido com vida, mas não resistiu aos ferimentos e morreu no hospital. 📲 Siga o g1 Zona da Mata: Instagram, X e Facebook VÍDEOS: veja tudo sobre a Zona da Mata e Campos das Vertentes

FONTE: https://g1.globo.com/mg/zona-da-mata/noticia/2025/01/17/familia-de-homem-linchado-ate-a-morte-em-juiz-de-fora-cobra-justica-nao-teve-direito-a-defesa-diz-irmao.ghtml


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