Com inflação de novembro em 0,23%, custo de vida em Uberlândia sobe mais do que no restante do país
15/12/2025
(Foto: Reprodução) Inflação de novembro em Uberlândia fica acima da média nacional
A inflação de novembro em Uberlândia foi de 0,23%, segundo dados divulgados pelo Centro de Estudos e Pesquisas Socioeconômicas da Universidade Federal de Uberlândia (Cepes-UFU). O índice ficou acima da média nacional, que foi de 0,19%, indicando que o custo de vida na cidade subiu mais do que no restante do país.
Em outubro, a inflação local havia sido de 0,14%, o que mostra uma aceleração dos preços no mês passado.
Em entrevista à TV Integração, a economista Pollyanna Gondin, os aumentos foram puxados principalmente pelos grupos de transportes e alimentação, que costumam ter impacto direto no orçamento das famílias.
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Grupos que tiveram aumento de preços em novembro
Dos nove grupos pesquisados, quatro apresentaram alta:
Transportes: 0,93%
Alimentação e bebidas: 0,39%
Vestuário: 1,07%
Saúde e cuidados pessoais: 0,15%
Grupos que registraram queda nos preços
Cinco grupos apresentaram deflação em novembro:
Habitação: -0,31%
Artigos de residência: -0,54%
Educação: -0,63%
Comunicação: -0,33%
Despesas pessoais: -0,14%
Salário mínimo não cobre despesas essenciais
O Cepes-UFU também divulgou o Boletim da Cesta Básica de Alimentos de Uberlândia. Em novembro, o gasto mensal foi de R$ 680,43, uma queda de 0,78% em relação a outubro. O tomate foi o item que mais barateou, com redução de 15,70%.
Apesar da queda pontual na cesta básica, o estudo mostra que o salário mínimo ainda está longe de cobrir as despesas essenciais.
O salário mínimo necessário para sustentar uma família com dois adultos e duas crianças em Uberlândia é de R$ 5.716,28. O valor do salário mínimo atual, R$ 1.518,00, e equivale a 26,56% do valor ideal.
Já o valor do salário mínimo anunciado pelo Ministério do Planejamento e Orçamento para 2026, de R$ 1.621,00, representa 28,3% do salário considerado necessário para suprir as necessidades básicas dessa mesma família.
Diante deste cenário, a economista Pollyanna Gondin reforça a importância de planejamento financeiro doméstico, priorização de gastos essenciais e pesquisa de preços para enfrentar o impacto da inflação no dia a dia.
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Secom PMU/Divulgação
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