'Carnaval e literatura compartilham muitas palavras', diz Carla Madeira, homenageada no Samba Queixinho
02/03/2025
(Foto: Reprodução) A escritora falou da emoção de ser inspiração do bloco no Carnaval de Belo Horizonte Carla Madeira recebe homenagem no desfile do Bloco Samba Queixinho
Francielly Santiago/g1
A escritora belo-horizontina Carla Madeira, inspiração do Samba Queixinho no Carnaval 2025, falou sobre a emoção de ser homenageada pelo bloco.
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Ela, que já participou do grupo na direção da bateria, não esperava pelo convite. O bloco desfilou na tarde deste domingo (2), no bairro Lourdes, Região Centro-Sul de Belo Horizonte.
Para Carla, “Carnaval e literatura compartilham muitas palavras, o samba é enredo e a fantasia está nos dois lugares”.
Gustavo, o fundador e idealizador do bloco, disse que a escolha de homenagear a escritora é porque ela representa todos os mineiros, que amam os livros que Carla escreve.
“Carnaval é provocação, Carnaval sempre tem que provocar, Carnaval de rua junto com a literatura”.
A escolha do repertório foi no livro Tudo é Rio, sendo representado nas cores e tons que ditam a música do bloco.
Bloco do Queixinho desfila na Região Centro-Sul de BH
Francielly Santiago
Gustavo conta sobre a felicidade em ter o convite aceito pela escritora. Ele disse que toda a bateria está feliz, e que a homenagem à escritora é também a todas as mulheres de Minas Gerais.
Gabriela Lemos, de 20 anos, é estudante de fisioterapia e desfila no Samba Queixinho desde quando era criança. Ela tem problema motor, faz parte do bloco há dez anos e foi incentivada a aprender a tocar instrumentos.
Hoje, ela toca surdo adaptado a cadeira de rodas. Ela disse que sempre amou o Carnaval de BH, que em 2015 chegou a ser rainha do Samba Queixinho e agora há três anos é ritmista no bloco.
Gabriela faz parte da bateria do Bloco, tocando um instrumento adaptado para a cadeira de rodas
Francielly Santiago
“O Carnaval é uma porta de entrada para o processo de inclusão, pois fora do Carnaval as coisas ainda estão engatinhando, pois o processo de capacitismo ainda é grande e no Carnaval há essa inclusão”.
Sônia Santé, de 60 anos, e Diomira Faria, de 64, também são escritoras. Elas homenagearam Carla usando um arco na cabeça com capas de livros da escritora. Diomira contou que hoje é o aniversário dela, e comemorar no bloco Samba Queixinho foi um presente.
As escritoras foram para a avenida batucar e homenagear Carla Madeira
Francielly Santiago
Maria Aparecida, de 80 anos, acompanha o bloco há seis anos, sempre na companhia da sua filha que é cadeirante e ritmista no bloco.
Mãe e filha acompanham o desfile do bloco nas ruas da capital
Francielly Santiago
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