Alambique clandestino é interditado com 8 mil litros de cachaça armazenados de forma irregular em Juiz de Fora
22/10/2025
(Foto: Reprodução) Alambique é interditado por armazenar mais de 8 mil litros de cachaça de forma irregular
Um alambique clandestino foi interditado na região do Bairro São Benedito, em Juiz de Fora, durante a operação Dose Clandestina, da Polícia Civil.
No local, foram encontrados entre 7 e 8 mil litros de cachaça e outras bebidas fermentadas armazenadas de forma irregular, sem qualquer controle de qualidade ou autorização sanitária. O proprietário do imóvel, de 50 anos, foi preso em flagrante e levado ao Ceresp.
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De acordo com a Polícia Civil, a produção e o armazenamento da bebida aconteciam em condições totalmente irregulares.
Durante a ação, os investigadores constataram a inserção de tábuas, pedaços de madeira e frutas dentro dos recipientes, em uma tentativa de simular o envelhecimento da bebida e alterar artificialmente sua cor, sabor e aroma. Essa prática, sem qualquer controle técnico ou sanitário, pode gerar a formação de compostos perigosos à saúde, como metanol em excesso, segundo a polícia.
Além disso, as cachaças eram mantidas em recipientes plásticos comuns, sem certificação para uso alimentício, alguns com vedação improvisada, sinais de sujeira e até contaminação externa. Alguns dos galões usados originalmente serviam para armazenar combustíveis.
Alambique é interditado por armazenar mais de 8 mil litros de cachaça de forma irregular em Juiz de Fora
PCMG/Divulgação
Ainda conforme a Polícia Civil, nenhum dos produtos possuía rótulo, data de fabricação, validade ou qualquer informação de origem, o que impede a rastreabilidade e comprova a ausência de controle de qualidade.
O espaço também não possuía registro empresarial, alvará de funcionamento ou licença de órgãos reguladores como a Vigilância Sanitária ou o Ministério da Agricultura (MAPA).
Prisão e infrações
O proprietário do alambique preso em flagrante e conduzido à 5ª Delegacia de Polícia Civil.
Conforme a delegada Bianca Mondaini, ele foi autuado pelo crime de comercialização de mercadoria imprópria ao consumo, previsto na Lei 8.137/1990, e pode responder ainda por outros crimes, como adulteração de produto alimentício e infrações sanitárias, a depender do resultado de exames periciais sobre a bebida apreendida.
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A fiscalização resultou na interdição imediata do imóvel, com apreensão de todos os recipientes e bebidas encontradas.
A Vigilância Sanitária ficou responsável pela remoção e descarte do material, e foram lavrados autos de infração e de interdição. A operação contou ainda com o apoio da Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Vigilância Sanitária e do PROCON municipal.
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